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A poucos dias da votação, em SP e Recife a diferença entre primeiro e segundo colocados diminui

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Nas capitais São Paulo e Recife, a campanha do segundo turno tem sido marcada pelo acirramento da disputa e pelo crescimento de candidatos que ficaram em segundo lugar no primeiro turno. Em São Paulo, enquanto Bruno Covas (PSDB) permanece estável nas pesquisas com 48% das intenções de voto, Guilherme Boulos (PSOL) pulou de 32% para 41%. Os dados são da pesquisa XP/Ipespe. Como a parcela de eleitores que declararam o voto no candidato tucano permanece estável, entende-se que o candidato psolista tem conseguido conquistar os votos dos indecisos e daqueles eleitores que votariam branco ou nulo.

“Guilherme Boulos (PSOL) tem sido eficiente na construção da narrativa da sensibilidade social, evitando reproduzir o discurso da esquerda clássica. A narrativa da sensibilidade social gera emoção e engajamento em contextos de crise econômica. Além disso, Boulos é o candidato da mudança. Como no segundo turno temos apenas dois candidatos, quem rejeita o prefeito Bruno Covas (PSDB) acaba migrando para Boulos”, explica o analista político da Arko Advice, Carlos Eduardo Borenstein.

Já em Recife (PE), Marília Arraes (PT), que quase foi eliminada no primeiro turno, começou a corrida para o segundo turno na liderança, chegando a ter 45% das intenções de voto, frente a 39% de João Campos (PSB). Os dados são da pesquisa Ibope de 18 de novembro.

“Ser a candidata da mudança tem apelo eleitoral em Recife, já que o PSB governa a cidade há 16 anos. No entanto, na última semana, João Campos passou a lançar ataques contra o PT e Marília sobre a suposta contratação de funcionários fantasmas quando ela foi vereadora, o que acirrou ainda mais a disputa”, pontua Borenstein.

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Na última pesquisa do Ibope, Marília Arraes aparece em queda: passou para 41% das intenções de voto, sendo numericamente ultrapassada por João Campos, que tem 43%. Mas, como estão empatados dentro da margem de erro, que é de 3 pontos percentuais, é provável que a disputa seja decidida somente no dia da eleição.

Virada em SP é difícil mas não deve ser descartada

Apesar do crescimento de Boulos, Covas continua na liderança com uma diferença significativa de sete pontos percentuais. A quatro dias da votação, é improvável que o psolista consiga uma virada, explica o analista da Arko Advice.

“Embora não devemos descartar uma virada, é importante registrar que a proximidade da eleição, por outro lado, dificulta a mudança de cenário. No entanto, como a abstenção já foi alta no primeiro turno e poderá ser ainda maior no segundo, movimentos na opinião pública podem ocorrer e não serem captados pelas pesquisas”, analisa.

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