Após Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicar nas redes sociais a favor de uma proibição do Brasil ao uso de tecnologia da empresa Huawei na implantação do 5G, a embaixada chinesa aumentou o tom e disse que, se a postura de conflito continuar, Eduardo e outros críticos à China “vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil”.
As declarações foram feitas depois que o deputado federal, filho “03” do presidente Jair Bolsonaro, dizer no Twitter que a tecnologia chinesa poderia ser usada para espionagem. Ele destacou a adesão declarada pelo Brasil ao programa “Clean Network” (Rede Limpa), que tem como meta limitar o uso de tecnologia chinesa nas telecomunicações pelo mundo.
“Isso ocorre com repúdio a entidades classificadas como agressivas e inimigas da liberdade, a exemplo do Partido Comunista da China”, pontuava o parlamentar na série de publicações, que já foram excluídas.
Na resposta, a embaixada chinesa diz que “certos políticos norte-americanos interferem na construção da rede 5G em outros países e fabricam mentiras sobre uma suposta espionagem cibernética chinesa, além de bloquear a Huawei visando alcançar uma hegemonia digital exclusiva”.
A troca de farpas preocupa, uma vez que a China é a principal parceira comercial do Brasil, com grande importação de soja e minérios, por exemplo. O país asiático também é responsável por um grande volume de investimentos em território brasileiro.
Veja as publicações de Eduardo Bolsonaro:
Veja a declaração completa da Embaixada da China:
1) Em um fio de msgs publicado no Twitter, dia 23/11, o dep. federal Eduardo Bolsonaro acusou o Partido Comunista da China e empresas chinesas de praticar espionagem cibernética e defendeu a iniciativa dos EUA de criar uma aliança inter'l que discrimina a tecnologia 5G da China.
— Embaixada da China no Brasil (@EmbaixadaChina) November 24, 2020