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Guedes diz que “plano A” é o fim do Auxílio Emergencial em dezembro

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Depois do mercado reagir mal à fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o auxílio emergencial poderia ser prorrogado para o ano que vem, o ministro mudou o discurso e, nesta sexta-feira (13), disse que a principal linha com qual o trabalha é com o fim do benefício em dezembro.

“O ‘plano A’ é chegar ao fim do ano, fazemos o fading out (retirada gradual) do auxílio emergencial. Ele entrou com o valor de R$ 600, passou para R$ 300, e agora aterrissa novamente no Bolsa Família”, explicou, dizendo que qualquer outra possibilidade teria menos chance de ocorrer.

“Se conseguirmos criar um programa social melhor que o Bolsa Família, ótimo. Dentro do limite de gastos. Se não conseguirmos, voltamos para o Bolsa Família”, ressalvou Guedes. Segundo ele, não há alternativa fora do teto de gastos.

As declarações foram feitas em evento da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), em uma tentativa de acalmar o mercado que vinha preocupado desde terça-feira (10) com um possível comprometimento das contas públicas no ano que vem.

Na terça, Guedes explicava quais seriam as ações do governo em caso de uma segunda onda de Covid-19. “Se uma segunda onda nos atingir, aí iremos aumentar mais os gastos. Em vez de 8% do PIB, provavelmente usaremos desta vez metade disso. Porque podemos filtrar os excessos e certamente usar valores menores”, afirmou o ministro.

Depois disso, ele passou a dizer a interlocutores que apesar da fala, não acreditava que haveria uma segunda onda no Brasil por isso o plano não precisaria ser acionado.

Pesa para o governo o fato de já estarmos em novembro e até agora não ter sido apresentada uma proposta viável para o Renda Cidadã.

Dívida/PIB

No evento da AEB, Guedes também se mostrou otimista quanto a retomada da austeridade fiscal no ano que vem.

“Sim, gastamos muito em 2020 com a pandemia. Mas em 2021? Vamos travar as despesas por um ano, vamos pagar pela crise. Não vamos empurrar isso para nossos filhos e netos. Vamos acelerar as privatizações, as concessões, desalavancar os bancos públicos. Nós vamos derrubar a dívida/PIB, como fizemos no primeiro ano”, prometeu.

 

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