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Huawei tem menor transparência, diz novo conselheiro da Anatel

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Um dos órgãos mais importantes para a definição das regras que vão ditar o funcionamento do 5G no Brasil, a Anatel teve mudança na última semana em seu conselho diretor. Carlos Manuel Baigorri tomou posse como conselheiro na quarta-feira (28). Funcionário de carreira da agência, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, Baigorri disse que a empresa chinesa Huawei, uma das mais fortes competidoras pelo mercado do 5G, pode acabar excluída por falta de transparência em seu quadro societário.

“A Huawei tem centros de segurança cibernética e se submete à avaliação de órgãos nos países em que atua, mas é diferente de uma empresa de capital aberto que, se faz algo errado, é punida pelo mercado acionário. O mercado nesse caso se torna um agente dissuasório, um freio”, avaliou Baigorri.

A empresa está no centro da guerra comercial entre Estados Unidos e China. O campo de batalha é o 5G. O país norte-americano tem pressionado aliados a banirem a utilização de equipamentos chineses na implantação da nova tecnologia. A suspeita é de que os equipamentos sejam ferramentas de espionagem para o governo chinês.

Em entrevista ao Brasilianista, o presidente-executivo Conexis Brasil Digital (antiga SindiTeleBrasil), entidade que representa as maiores empresas de telefonia e internet móvel do país, como Oi, Claro, Tim e Vivo, disse que um possível banimento da fornecedora de equipamentos pode aumentar o custo de implantação da tecnologia no Brasil.

Baigorri confirma essa hipótese e dá números: “O banimento da Huawei teria um aumento entre 1% e 3% nos custos das operadoras”, calcula. Contudo, para ele, o impacto seria pequeno o suficiente para ser mitigado pelo governo brasileiro por meio de outras políticas públicas.

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