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Banimento da Huawei pode dificultar 5G no Brasil, avalia Marcos Ferrari, presidente da Conexis Brasil Digital

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Frente à crescente pressão do governo dos Estados Unidos para que seus países aliados não utilizem tecnologia da empresa chinesa Huawei na implantação do 5G, o setor de telecomunicações no Brasil tem se mostrado preocupado com as possíveis consequências do banimento.

De acordo com as companhias de telecom que atuam no Brasil, quem sai prejudicado pela exclusão do fornecedor é o consumidor, que pode ter que esperar mais para ter acesso ao 5G e acabar tendo que pagar mais pelo serviço.

“Acreditamos que não é adequado ter qualquer interferência no funcionamento do mercado. Ele chegou no nível de eficiência que tem hoje devido ao modelo de regulação e ao princípio da liberdade econômica. Ou seja, participa aquele que tem mais eficiência e maiores condições técnicas de oferecer uma solução”, explica o economista Marcos Ferrari, presidente-executivo Conexis Brasil Digital (antiga SindiTeleBrasil), entidade que representa as maiores empresas de telefonia e internet móvel do país, como Oi, Claro, Tim e Vivo.

Em entrevista exclusiva ao Brasilianista, Ferrari explicou que um possível banimento não só teria impacto na implantação do 5G, mas também forçaria uma substituição de equipamentos que já são utilizados.

“Ter o 5G não é daqui pra frente – existe todo um estoque de investimentos já feito. Para ter 5G, essa rede que existe hoje no país, que é fruto de investimentos passados, é importante. Não há como tirar um fornecedor sem ter prejuízo à população”, analisa.

Não há como tirar um fornecedor sem ter prejuízo à população

Carga tributária

Ferrari também avaliou que até que a tecnologia do 5G seja disponibilizada para toda a população, há um longo caminho a ser percorrido e obstáculos a serem superados. Um deles é a carga tributária que hoje incide sobre o setor de telecomunicações.

“O ICMS é muito alto. É o mais alto entre todos os setores. O mínimo é de 25% a 30%. Levando em conta outras taxa, há estados onde a carga tributária total beira os 60%, como é o caso de Rondônia”, revela. Segundo ele, durante a pandemia alguns estados optaram em aumentar o imposto sobre o setor como forma de aumentar a arrecadação. “O Rio de Janeiro, por exemplo, aumentou o ICMS, fazendo com que a carga tributária chegasse a quase 50%”, exemplifica.

Na entrevista, Marcos Ferrari também fala sobre a regulação para o setor, sobre as possíveis soluções para a interferência entre 5G e TV parabólica e para a expectativa de quando a tecnologia deve ser finalmente implantada no Brasil.

Confira a entrevista completa:

 

 

 

 

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