A pesquisa XP/Ipespe para Prefeitura de São Paulo (SP) divulgada hoje (22) aponta uma tendência de crescimento do prefeito Bruno Covas (PSDB), que agora está tecnicamente empatado com Celso Russomanno (Republicanos). Embora Russomanno esteja numericamente à frente (27% contra 25% de Covas), o prefeito vem numa trajetória de ascensão.
Covas, que tinha 21% das intenções de voto em 28 de setembro passou para 22% (6 de outubro), 23% (14 de outubro), e agora tem 25%. Russomanno, embora tenha começado com 21% e agora some 27%, está estagnado nos últimos três levantamento.
Guilherme Boulos (PSOL), que havia subido de 10% para 13% na pesquisa anterior, oscilou um ponto para baixo e registra 12%. Márcio França (PSB) continua com 8% e Jilmar Tatto (PT) passou de 3% para 4%.
Arthur do Val (Patriota), Andrea Matarazzo (PSD) e Joice Hasselmann (PSL) tem 2%. Os demais candidatos têm 1%. Brancos, nulos e indecisos somam 12%.
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A tendência de crescimento captada por Bruno Covas na XP/Ipespe é consequência do bom programa de TV do prefeito. Covas tem conseguido com eficiência se apresentar como um candidato que enfrenta dificuldades e combate a pandemia com responsabilidade.
Também tem acertado ao reconhecer a necessidade de São Paulo “seguir em frente”, apresentando-se como continuidade e mudança ao mesmo tempo.
Outro acerto estratégico tem sido se vincular ao seu avô, o ex-governador Mário Covas, conseguindo evitar a associação com a imagem do governador João Doria, que é mal avaliado na capital.
A eficiência do programa de TV do PSDB também se reflete na avaliação do prefeito. O índice ótimo/bom é de 34% (era 29% no final de setembro). A avaliação regular aparece estável em 40%. E o percentual ruim/péssimo caiu de 28% para 25% nos últimos quatro levantamentos.
Além disso, num eventual segundo turno contra Russomanno, Covas tem uma leve vantagem (42% para 39%). No levantamento anterior, os dois candidatos empatavam em 40%.
Bruno Covas também se beneficia da divisão das esquerdas e pelo fato de Russomanno estar muito associado do presidente Jair Bolsonaro. Embora o apoio de Bolsonaro possa levá-lo ao segundo turno, há limites para esse posicionamento, pois São Paulo, segundo a última pesquisa Ibope, é a terceira capital do país onde a desaprovação ao governo federal é mais elevada (48%).