Enquanto a disputa pela prefeitura das capitais brasileiras segue acirrada, no interior, os moradores de 117 cidades já sabem quem será o prefeito nos próximos quatro anos. Esse é o número de municípios onde houve a apresentação de uma única candidatura.
Quando não há concorrência, a Justiça Eleitoral considera a vitória automática do candidato.
De acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Rio Grande do Sul foi o estado onde isso mais ocorreu – 34 dos 497 municípios gaúchos só tem um candidato à prefeitura.
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Em segundo lugar, ficou o estado de Minas Gerais, com 20 prefeituras. Em terceiro, está o Paraná, com 17 cidades.
Na avaliação do cientista político Murillo de Aragão, situações como essa não são necessariamente um problema. “Elas resultam de uma fragilidade da oposição, decorrente do êxito do comando do município. Outro problema é fragilidade dos partidos no Brasil, que desestimula candidaturas”, avaliou.
A CNM identificou também que em 37% dos municípios o embate deve ocorrer entre duas candidaturas. A polarização deve fazer parte das eleições em 2.069 municípios, onde vivem 20,9 milhões de pessoas ou 10% da população brasileira. Os dois candidatos a prefeito dessas cidades irão disputar a preferência de um total de 16,4 milhões de eleitores.
Os dados consolidados pela CNM foram publicados pelo TSE no dia 27 de setembro.
Com informações da Agência Brasil.