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Bandeira branca: Maia e Guedes trocam pedidos de desculpas e defendem continuidade das reformas

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Foi um jantar na casa do ministro do TCU, Bruno Dantas, que marcou a nova tentativa do governo de reconciliação entre o ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A ideia do evento partiu de parlamentares, que tentavam diminuir a temperatura entre o ministro e o presidente da Câmara, em prol do avanço das reformas econômicas. Na saída do evento, na frente dos jornalistas, Maia espontaneamente fez um pedido público de desculpas a Guedes.

“Na minha última eleição, a única pessoa do governo que me apoiou foi o ministro Paulo Guedes. Nos dias seguintes, por divergências, por erros, e assumo os meus, nós fomos nos afastando e, agora, na pandemia, mais ainda. Deixo o meu pedido de desculpas, fui indelicado e grosseiro. Não é do meu feitio, ao contrário”, declarou Maia.

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Já Guedes defendeu que não houve embate pessoal mas acabou por também se desculpar, após ser questionado por jornalistas. “Isso são trocas de opinião. Não tem ofensa. Agora, eu, caso eu tenha ofendido o presidente Rodrigo Maia ou qualquer político que eu possa ter ofendido inadvertidamente, eu peço desculpas também”, disse o ministro.

Também participaram do jantar, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos e os ministros do TCU Vital do Rêgo e José Múcio.

Semana agitada

A reconciliação vem depois de uma semana de atritos entre Maia e Guedes. Depois que o governo decidiu aguardar para lançar a segunda fase de propostas da reforma tributária, por falta de consenso sobre o tema, Maia questionou nas redes sociais: “Por que Paulo Guedes interditou o debate da reforma tributária?”

O ponto alto do embate foi na última quarta-feira (3), quando Paulo Guedes insinuou que Maia teria “fechado um acordo com a esquerda para não pautar privatizações”. Na resposta, Maia foi curto e grosso: “Paulo Guedes está desequilibrado. Uma pena”.

Renda Cidadã e reformas

De acordo com os presentes, a reunião deve marcar uma retomada do avanço das pautas econômicas no Congresso. “Essa reunião de hoje marca um novo iniciar dessa relação, com franqueza, com honestidade e com divergências, que são naturais da vida pública”, defendeu Alcolumbre.

“A agenda de reformas não pode parar, independentemente das eleições municipais. O teto de gastos é a primeira de nossas urgências, porque com a regulamentação do teto de gastos, a gente resolve o programa social”, disse Maia, se referindo ao Renda Cidadã – o programa social que o governo tenta criar em substituição ao Bolsa Família, mas que não tem andado. O problema é: de onde tirar dinheiro? Tanto Bolsonaro como o mercado têm rejeitado uma série de propostas.

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