5G: Sob pressão dos EUA, governo italiano quer restringir tecnologia chinesa

À esquerda, secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, cumprimenta o ministro italiano, Luigi Di Maio, à direita. Foto: Guglielmo Mangiapane/Pool Photo via AP

Depois da Alemanha anunciar medidas de segurança que podem limitar a atuação da empresa chinesa Huawei, agora foi a vez da Itália dar indicativos de que foi convencida pela campanha dos Estados Unidos contra o uso de tecnologia do país asiático.

Em declaração à imprensa, o secretário de Estado dos EUA, Michael Pompeo e o Ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi di Maio demonstraram alinhamento entre os dois países.

De acordo com Pompeo, a Itália está ciente da preocupação do aliado americano sobre “a tentativa do Partido Comunista Chinês de alavancar sua presença econômica na Itália de forma a servir a seus propósitos estratégicos”.

Nas palavras de Di Maio, “a Itália está plenamente consciente da responsabilidade de cada país da OTAN quando a segurança dos seus aliados entra em jogo”. Ele também ressaltou a importância de “garantir a segurança das redes de 5G” no país.

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Em resposta, o presidente da Huawei na Itália, Luigi De Vecchis declarou que a empresa está pronta para abrir as portas ao governo italiano para mostrar detalhes de sua operação, como uma forma de provar ao mundo que os produtos não representam perigo. Em um evento em Roma, o executivo disse que as acusações dos Estados Unidos são infundadas.

As declarações foram feitas no contexto da guerra comercial entre Estados Unidos e China. De acordo com o presidente Donald Trump, os equipamentos da Huawei seriam usados para espionagem. Ele não apresentou provas.

Alemanha

O posicionamento da Itália é a segunda vitória dos Estados Unidos na Europa nesta semana. Há alguns dias foi revelado que o governo da Alemanha também tem planos para barrar a atuação da Huawei, aumentando a burocracia sobre fornecedores de tecnologias considerados “de alto risco”.

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