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Banco Central crê em impactos negativos no consumo com o fim do auxílio emergencial

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O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central referente ao terceiro trimestre de 2020, divulgado nesta quinta-feira (24), contém dois estudos sobre os impactos no consumo do auxílio emergencial pago pelo Governo Federal em meio à pandemia de Covid-19, os quais atestam que o fim do pagamento do benefício de caráter provisório terá efeito negativo sobre o consumo.

De acordo com o documento, que traz uma reavaliação das projeções de Banco Central para o comportamento da atividade econômica e inflacionária brasileira entre 2020 e 2021, o crescimento econômico do país, antes estimado para retrair em 6,4%, agora terá queda de 5% – aproximando-se, assim, das projeções do Ministério da Economia (queda de 4,7%). Já para 2021, a projeção é de uma expansão econômica de 3,9%, mais forte do que os 3,2% previstos pelo Ministério da Economia, refletindo, assim, a base de comparação, determinada pelo Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior.

Uma das investigações conduzidas pelo BC mediu os efeitos do auxílio emergencial nas compras no varejo com o uso de cartões de débito, e concluiu-se que a parcela de poupança remanescente é pequena e, caso se confirmem os outros dados sobre a economia do país, o fim do benefício pode contribuir para a desaceleração do consumo.

Também se observou que os locais de maior disseminação do Covid-19 e de maior isolamento social por conta da pandemia são aqueles com as maiores quedas no consumo e o com o retorno mais lento, contribuindo para a tese de que o fim do auxílio será relevantemente negativo para o consumo das famílias e para o ritmo de recuperação da economia.

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