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Renda Brasil segue, mas com outro nome

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Senador Márcio Bittar (MDB-AC) diz que recebeu sinal verde para planejar novo programa

Apesar do presidente Jair Bolsonaro ter dito que “está proibido falar em Renda Brasil”, o governo segue procurando alternativas para criar um programa que substitua o Bolsa Família. O relator do orçamento e da PEC do Pacto Federativo, o senador Márcio Bittar (MDB-AC) disse que recebeu aval do governo federal para planejar um novo programa. A declaração foi feita depois de reunião com o presidente e em seguida com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Ele [Bolsonaro] me deu sinal verde e, a partir de agora, vou conversar com líderes do governo no Senado e na Câmara e com a equipe econômica”, disse o parlamentar na saída do encontro com o presidente.

A declaração representa uma inflexão no discurso do governo, já que Bolsonaro foi categórico em sua fala sobre o Renda Brasil. Na terça-feira (15), o presidente fez um vídeo para as redes sociais irritado com manchetes que diziam que, para criar o novo programa, o governo estudava congelar o reajuste de aposentadorias e pensões.

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Bolsonaro chegou a indicar que poderia demitir os membros da equipe econômica envolvidos na proposta. “Quem porventura vier propor para mim uma medida como essa, eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa”, disse. Desde então o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, tem evitado compromissos públicos como membro equipe econômica.

Depois da fala de Bolsonaro, a reportagem do Brasilianista questionou o Ministério da Cidadania se os planos relacionados ao Renda Brasil seriam realocados em outros programas ou adaptado ao próprio Bolsa Família, mas a pasta preferiu não se pronunciar.

Bittar terá o desafio de apontar a origem da verba para o novo programa. A ideia inicial do governo seria unificar benefícios para consolidar um Bolsa Família com valor maior do que o atual, mas Bolsonaro apresentou resistência a todas as opções apresentadas até agora. Além de vetar o congelamento das aposentadorias, anteriormente o presidente também disse que não aceitaria a fusão do abono salarial do PIS/Pasep, que poderia deixar de existir para dar lugar ao Renda Brasil.

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