Chanceler brasileiro prevê boas relações com EUA independentemente da vitória de Trump ou Biden

Foto: Divulgação

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que, apesar do alinhamento brasileiro ao governo de Donald Trump, o Brasil não terá problemas em lidar com Joe Biden, candidato da oposição nas eleições norte-americanas, caso seja eleito para a Casa Branca.

Ainda de acordo com Araújo, independentemente do resultado, o Brasil está pronto para fazer alguns ajustes políticos necessários a fim de se adequar ao cenário que se formará com a eventual vitória do ex-vice-presidente no governo de Barack Obama. O chanceler brasileira acredita ser possível manter uma agenda muito positiva sob um possível governo democrata.

Embora Trump e Bolsonaro sejam admiradores mútuos que foram alçados ao posto máximo do Poder Executivo Federal graças ao sentimento nacionalista em seus círculos eleitorais, a cooperação em áreas como defesa e segurança nacional continuará, em tese, com Biden. Isso porque ambos os países partilham dos mesmos valores de democracia e de liberdade.

A relação entre os dois líderes estreitou os laços entre Brasil e Estados Unidos, facilitando as relações comerciais e levando a discussões frutíferas de um futuro acordo comercial bilateral entre as duas potências.

No entanto, seja qual for o resultado da eleição norte-americana em novembro próximo, o Brasil precisará ser mais pragmático nos próximos anos, uma vez que as relações comerciais entre os países não é prioridade para os EUA, ainda que seja para o governo de Jair Bolsonaro – que ainda tem uma longa estrada antes do próximo pleito eleitoral.

A pública demonstração da preferência de Bolsonaro pela vitória de Trump não deverá ser problema caso Biden vença. O candidato da oposição conhece bem o Brasil desde os idos da suspensão de uma viagem da então presidente da República, Dilma Rousseff, ao país após a descoberta de espionagem, por parte da Agência de Segurança Nacional americana (NSA). O tom de pragmatismo deverá ser mais do que necessário, será obrigatório se o Brasil quiser manter as boas relações com a nação mais poderosa do mundo.

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