A pressão externa para mudar o comando do Ministério do Meio Ambiente se intensificou quando investidores estrangeiros, que movimentam US$ 3,7 trilhões, ameaçaram retirar os investimentos e travar acordos comerciais internacionais do Brasil caso a política ambiental continuasse permitindo o desmatamento e a flexibilização da proteção ambiental. Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) pediu o afastamento do ministro Ricardo Salles por improbidade administrativa.
Agora, a pressão cresce dentro do próprio governo. Colegas do ministro Ricardo Salles afirmaram que ele recebeu apoio do presidente Jair Bolsonaro para flexibilizar a agenda ambiental nos 1 ano e meio de governo. No entanto, para atender a cobrança internacional sobre o meio ambiente, seria necessário um gesto concreto de mudança de atitude.
Por isso, o governo irá decretar, ainda nesta semana, uma “moratória absoluta” das queimadas na Amazônia por 120 dias. Por enquanto, a última fala de Salles sobre a possibilidade de sair do cargo foi que “o presidente nem cogita isso aí”.