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Faroeste Caboclo

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Os episódios ocorridos na esfera institucional revelam as várias faces do autoritarismo que sobrevive no Brasil. De um lado, com uma metodologia “lavajatista”, o STF deflagra uma operação com a Polícia Federal que exagera em seu escopo e parece querer mais retaliar do que realmente investigar.

Por outro lado, o governo reage com palavras duras. O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã de hoje (28) que, devido aos cumprimentos de mandado da Polícia Federal, ontem foi um “dia triste da nossa história”, mas que foi o “último”. E, para amenizar, disse que “nós queremos a paz, harmonia, independência e respeito. E democracia acima de tudo”.

Disse também: “Com todo o respeito que eu tenho a todos integrantes do Legislativo, do Judiciário e do meu próprio poder, [mas] invadir casas de pessoas inocentes, submetendo a humilhações perante esposas e filhos, isso é inadmissível.” Para Bolsonaro, o STF quer acabar com a mídia pró-governo.

As declarações do presidente têm algumas consequências importantes. Em primeiro lugar aumenta em muito a tensão entre os poderes. Segundo, une ainda mais o STF contra o governo. Terceiro, haverá repercussões políticas, no sentido de que o Centrão se valoriza ainda mais como elemento de proteção ao governo.

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