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Pandemia faz governo adiar venda de ativos ao setor privado

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Por ser “ambiciosa”, diante do cenário de crise provocado pela disseminação da Covid-19, a meta de vender este ano 300 ativos (como privatização de empresas), com estimativa de receber na operação até R$ 150 bilhões, não será alcançada. O secretário de Desestatização, Privatizações e Desinvestimentos do Ministério da Economia, Salim Mattar, disse, na quarta-feira, que “não há clima para venda”.

Para o secretário, a situação do mercado no momento é um empecilho à continuidade do programa de desestatização e que não é possível precisar quando essas operações serão retomadas. “Teremos que ter um momento oportuno para que possamos vender essas participações pelo melhor preço possível.”

Mattar lembrou que há economistas falandoemretorno da atividade em “V” (queda abrupta e retomada imediata) ou em “U” (quando há intervalo entre a queda e a recuperação). “Não há previsão de venda (de ações) do BNDESPar nos próximos meses”, disse. Por causa da crise, explicou ser“natural” que o BNDES refaça o cronograma de desestatização.“O cronograma foi esticado, e é compreensível.”

O secretário mencionou que talvez seja hora de se discutir um maior “enxugamento do Estado”, com uma reflexão sobre a venda de empresas que hoje estão na listamas tambémdaquelas que não devem ser desestatizadas. “Algumas coisas dependem do Congresso, que tem sido responsável”, disse. “Esperamos obter aval necessário para vender algumas empresas, entre elas, Eletrobras, Correios e Casa da Moeda.”

Em dois meses deste ano, o governo vendeu R$ 23,5 bilhões em ativos, entre participações da União e do BNDESPar. O saldo a ser vendido situa-se em torno de R$ 70 bilhões, segundo o secretário. “Neste ano acreditamos que não haverá possibilidade de venda de ativos, porque os valores estão muito depreciados. Não podemos vender empresas na ‘bacia das almas’”, disse Mattar.

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