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Pacotão do BNDES para aliviar efeitos da pandemia

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O BNDES anunciou ontem medidas que totalizam R$ 55 bilhões para mitigar os efeitos da pandemia de coronavírus. O valor equivale à quase totalidade dos desembolsos do banco em 2019. As medidas anunciadas pelo BNDES são as seguintes:

1) transferência de recursos do fundo do PIS-Pasep para o FGTS, no valor de R$ 20 bilhões;

2) suspensão temporária de pagamentos de parcelas de financiamentos concedidos diretamente para empresas, no valor de R$ 19 bilhões;

3) suspensão em caráter temporário de pagamentos de parcelas de financiamentos indiretos para empresas no valor de R$ 11 bilhões; e

4) ampliação do crédito para micro, pequenas e médias empresas, via bancos parceiros, no valor de R$ 5 bilhões.

De acordo com o presidente do banco, Gustavo Montezano, o objetivo da suspensão dos pagamentos das parcelas de financiamentos diretos e indiretos tem como objetivo “dar tranquilidade e alívio de caixa para as empresas brasileiras”. Serão atendidos com a medida setores como petróleo e gás, aeroportos, portos, energia, transporte, mobilidade urbana, saúde, indústria e comércio e serviços. A ampliação do crédito para micro, pequenas e médias empresas ocorrerá por meio da linha BNDES Crédito Pequenas Empresas, que passará a contemplar empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões.

Empresários ouvidos pelo O Brasilianista afirmam temer que o sistema financeiro, em especial os bancos privados, possam não dar vazão aos créditos com excesso de exigências.

Empresas querem suspensão total de pagamento de impostos

Com o país caminhando acelerado para uma recessão, empresários ouvidos pelo O Brasilianista consideram que as medidas adotadas pelo governo são insuficientes para evitar a quebradeira generalizada das empresas. “Sem faturamento, não há como pagar impostos. O governo não pode exigir que se pague impostos nesse momento”, afirmou um dono de uma rede de lojas de varejo que prefere não se identificar.

Outro empresário de médio porte – com a empresa faturando 50 milhões por ano – afirmou que a partir desta segunda-feira não pagará nenhum imposto municipal, estadual e federal. O adiamento de impostos para empresas Simples foi considerado insuficiente. O empresário terminou afirmando que as medidas até agora são “too little, too slow”: pequenas e demoradas.

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