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Evo Morales e a narrativa bolivariana de redenção

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Internacional

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, formalizou nesta segunda-feira (3) sua candidatura ao Senado nas eleições gerais que acontecem no país em 3 de maio próximo, conforme informado pelo Supremo Tribunal Eleitoral boliviano.  Morales está impedido de concorrer à presidência por disposição legal, desde que renunciou ao cargo em 10 de novembro de 2019 para fugir das acusações de fraude eleitoral no último pleito que venceu, depois de 14 anos no governo do país.

Atualmente refugiado na Argentina, o cocaleiro segue ramificando sua popularidade nos países latino-americanos, tentando convencer a todos de sua inocência e de que sempre agiu por meios legais e justos para vencer os pleitos que conquistou. Entretanto, seu discurso não é mais comprado pelos bolivianos, que sentiram e ainda sentem na pele o peso de um governo corrupto e que levou o país a se aproximar da Venezuela, a companheira miserável de continente.

Com a candidatura de Morales ao Senado, quem ascende à disputa presidencial, para competir com a atual presidente interina, Jeanine Áñez, é o ex-ministro da Economia Luis Arce, companheiro de luta do ex-presidente. Arce lidera as pesquisas de intenção de voto, com 26%, mas os dados podem vir a ser questionados como em qualquer pesquisa de intenção de votos feita por agências com interesses políticos no controle do fluxo de informações acerca desse assunto.

A luta de Morales é invalidada pelos meios que ele escolheu – a corrupção, a fraude e a manipulação da opinião pública – e seu discurso é fraco e só convence aqueles que veem na esquerda a salvação da humanidade e única via possível. Tal qual seu companheiro brasileiro, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, Morales é desonesto com seu povo e insiste em uma narrativa fajuta para tentar escapar ileso da acusações mais do que comprovadas contra sua integridade argumentativa.

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