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Secretário reage a críticas feitas à desestatização no governo

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Política

O secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, admitiu que o governo é mais liberal no discurso do que na prática. Acrescentou, contudo, que o balanço do primeiro ano da administração Bolsonaro mostra resultados positivos na área. “Talvez esse governo tenha um discurso mais liberal do que está praticando, concordo. Mas nunca governo nenhum teve uma prática tão liberal quanto este”, disse.

Ao participar, na quarta-feira da semana passada, da Latin America Investment Conference 2020, promovida pelo banco Credit Suisse em São Paulo, Mattar respondeu às críticas feitas no dia anterior, no próprio evento, pelos economistas Persio Arida, Gustavo Franco e Armínio Fraga.Os três, que presidiram o Banco Central durante o governo do PSDB, criticaram a postura da gestão Bolsonaro.

Arida, por exemplo, disse que esse governo é muito menos liberal na política econômica do que o discurso que vende. “Na abertura comercial, não aconteceu praticamente nada. Na privatização, não aconteceu nada. Um ano de casamento arranjado, como disse o Gustavo (Franco), sem amor verdadeiro.” Disse ainda que o governo deveria avançar para acabar com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), fonte de recursos que financiam projetos do setor privado.

Mattar rebateu dizendo que ficou fácil criticar o governo, mas que quem criou o FAT foi o senador tucano José Serra (PSDB-SP), em 1997:“O FAT foi feito lá atrás com um projeto de lei do Serra. Então eles mesmos vêm e falam ‘vocês têm que fechar o que nós fizemos’?!. Pode deixar que nós vamos fechar, sim! Deem tempo.Eu gasto 80% do meu tempo para desconstruir o passado, o PL do Serra. E só tenho 20% para pavimentar o futuro do país.”

Segundo Mattar, entre subsidiárias, coligadas e simples participações, a União possuía 698 ativos no início da gestão Bolsonaro. Em 2019, contando desestatizações e desinvestimentos, foram vendidos 71 ativos, com valor total de R$ 105,4 bilhões. Para 2020, a meta é vender 300, chegando a R$ 150 bilhões, além de passar o projeto de “fast-track” nas privatizações, acelerando o processo de venda.“Já vendemos sete ativos até agora, conseguindo R$ 7,5 bilhões, dos quais R$ 1,1 bilhão vão para o Tesouro.”

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