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Batalha na CPI das Fake News

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Política

Na esteira do agravamento da crise interna no PSL, a CPI Mista das Fake News aprovou requerimentos com convocações e convites para uma série de depoimentos no colegiado. A pessoa convocada não pode se recusar a comparecer.

Entre os convocados estão dois integrantes do segundo escalão do governo: o secretário especial de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wajngarten, e o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Filipe Martins. Ainda não há data para os depoimentos.

A oposição também conseguiu emplacar a convocação de outros nomes próximos ao governo, como o do empresário Paulo Marinho, primeiro suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ); o do empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamentos Havan; o do cineasta Josias Teófilo, diretor de um documentário sobre o filósofo Olavo de Carvalho; e o do influenciador digital Bernardo Pires Kuster.

Exonerada do cargo de líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) disse que funciona, no Palácio do Planalto, um gabinete especialmente destinado a disseminar informações falsas pela internet. O senador e líder do PSL no Senado, Major Olimpio, afirmou no último dia 23 que, se confirmada, a denúncia trata de crime de improbidade administrativa por parte de quem permitiu que isso ocorresse.

A CPI tem potencial para criar ruídos e embaraços ao governo. Afinal, além da CPI, a questão envolvendo gastos do PSL com mensagens pró-Bolsonaro está sendo analisada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O corregedor-geral do TSE, Jorge Mussi, informou na última segunda-feira (21) que avalia pedir a cópia da prestação de contas do PSL para anexá-la à investigação sobre o disparo em massa de mensagens, por meio do WhatsApp, supostamente feito pela campanha de Bolsonaro à Presidência em 2018. A informação foi divulgada pela agência de notícias UOL.

A declaração foi dada após o site Vortex Media publicar reportagem que revela que gastos da campanha do então candidato a presidente, entre eles com disparos de mensagens pelo WhatsApp, não foram incluídos na prestação de contas. O site, que teria tido acesso a “documentos internos do PSL”, informa que o partido omitiu da Justiça as despesas com a campanha de Bolsonaro e descreveu os valores pagos como ordinários e não como despesas eleitorais.

Apesar do barulho que tanto a CPI quanto o processo no TSE possam causar, é pouco provável que haja consequências mais graves para o presidente e o governo.

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