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Política

Os desafios da agenda reformista

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, enfrentará uma série de desafios para tocar a agenda de reformas pós-Previdência pretendida pelo governo.

Embora a demissão do secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, tenha potencial para destravar a proposta de Reforma Tributária defendida pelo governo, ainda há o desafio de se construir um texto que agrade aos mais diferentes setores. Sem falar no desafio da articulação política para viabilizar a aprovação dessa reforma.

Além da Reforma Tributária, as privatizações – outro importante item da agenda reformista de Guedes – enfrentam obstáculos. Segundo a pesquisa Datafolha divulgada na semana passada, a maior parte da opinião pública (67%) é contra a venda de empresas públicas. O dado positivo para o governo é que cresceu de 20% para 25% o percentual dos brasileiros que aprovam as privatizações.

A privatização da Petrobras, defendida pelos agentes econômicos, também não é bem vista pela opinião pública. Hoje, 65% dos entrevistados são contrários à venda da estatal. Apenas 27% são favoráveis.

Importante destacar que na pesquisa realizada pela Arko Advice no Congresso sobre o tema das privatizações, 52,63% dos deputados federais se revelaram contrários à venda da Petrobras, enquanto 36,84% disseram ser favoráveis. Entretanto, há espaço para a privatização da Eletrobras: na pesquisa da Arko, 47,36% dos deputados foram favoráveis, enquanto 38,59% se mostraram contrários.

Assim, além do desafio de Guedes de convencer a população sobre a necessidade de enxugamento da máquina pública, será preciso reduzir os obstáculos políticos à concretização da agenda de privatizações, sobretudo em relação às grandes estatais.
Outra pauta da agenda reformista que não deve passar com facilidade no Congresso é a desvinculação das receitas obrigatórias, defendida por Guedes.

Em meio aos desafios para levar adiante sua agenda de reformas, complexas e impopulares, o ministro terá que administrar as pressões políticas que sofrerá. Como em 2020 haverá eleições municipais e a tendência é que a recuperação da economia, assim como a geração de empregos, permaneça lenta e gradual, as pressões sobre sua equipe tenderão a continuar.

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