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“Pescaria de espiões” na internet é nova ameaça chinesa ao Ocidente

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Não fosse pela parte da criação de perfis falsos em redes sociais e a substituição de russos por chineses, a notícia poderia muito bem ser confundida com um roteiro digno de filmes antigos, daqueles que têm a Guerra Fria como pano de fundo: inúmeras evidências indicam que o governo chinês estaria usando as redes sociais para recrutar serviços de espionagem.

De acordo com longa matéria publicada pelo The New York Times, assinada por Edward Wong, uma vastidão de perfis falsos de origem chinesa está sendo identificada na rede social Linkedin. E a coincidência não para por aí. Em comum, o perfil desses usuários, cujas fotos chegam a ser criadas por meio de inteligência artificial, não raro oferece passagens para cidade como Beijing, Hong Kong e Hangzhou, além de pagamentos por simples entrevistas de emprego — usando essas iscas como porta de entrada para o início de um relacionamento, em que “um grande acesso ao sistema Chinês” é prometido.

São duas as razão pelas quais o Linkedin é usado para impulsionar esse assédio: a primeira diz respeito ao fato de se tratar da única rede social americana que não está bloqueada na China (por ter se comprometido junto ao governo de Xi Jinping a bloquear o que as autoridades podem considerar “conteúdo sensível”). Em segundo lugar devido à natureza da plataforma, que fundamentalmente se baseia na busca e oferta de emprego.

Ainda segundo a matéria, há relatos de pessoas que, depois de se mostrarem interessadas em prolongar a conversa, acabaram se deparando com páginas falsas na internet, além de endereços físicos inexistentes e até mesmo ausência de registros em catálogos de corporações chinesas.

Sobre o caso, tanto o próprio Linkedin quanto o Twitter e o Facebook se manifestaram reafirmado que não estão medindo esforços para combater a proliferação de perfis falsos em suas redes.

O caso mais recente de condenação por espionagem comprovadamente iniciado via redes sociais, envolvendo espionagem para o governo chinês, deu-se no mês de maio: Patrick Mallory, ex-CIA, foi sentenciado a 20 anos de prisão.

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