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Memorando permitirá acesso a financiamento dos EUA para projetos na área de infraestrutura

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Memorando de Entendimentos (MOU, em inglês) entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos possibilitará que projetos de infraestrutura a serem implantados no país possam contar com recursos provenientes de um fundo de US$ 60 bilhões.

O documento foi assinado entre o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), agora vinculado à Casa Civil, e o Overseas Investment Private Corporation (OPIC), órgão de fomento do governo americano, na quinta-feira, em Brasília, no âmbito do 17º Fórum Latino-Americano de Liderança em Infraestrutura. O financiamento será de longo prazo e o objetivo é dar continuidade a projetos em todos os modais de transporte.

Segundo o secretário de Comércio americano, Wilbur Ross, a ideia é buscar formas de integração para promover a região. “O MOU reconhece o interesse de ambas as partes de trabalhar em conjunto para financiar os projetos prioritários de infraestrutura do Brasil. Isso nos dará a oportunidade coletiva de promover o comércio e o investimento abertos e justos, além de nos tornarmos a região mais progressista e orientada para o crescimento do mundo”, declarou em seu discurso no Fórum.

Citou ainda o Ministério da Infraestrutura, dizendo ter ficado impressionado com o nível de planejamento do setor para receber investimentos. “Esse é um governo que realmente está tentando se mover e isso é muito importante para quem quer investir. Tenho menos preocupações aqui do que em outros países”, disse. Os recursos virão de um novo organismo que o governo americano criou no ano passado, a United States Development Financial Corporation (USDFC), para substituir a OPIC, antigo organismo de fomento criado na década de 1970.

Ao longo do dia, foram apresentados no Fórum projetos de vários países em torno do desenvolvimento da infraestrutura. Pelo Brasil, Thiago Caldeira, do PPI, expôs o projeto da Ferrogrão, ferrovia que ligará o centro de Mato Grosso ao porto de Miritituba, no rio Tapajós (PA), informando que o edital deve sair em 2020. Cuidados ambientais levaram a atrasos no cronograma, afirmou. Ele lembrou também que a empreitada é desafiadora: com investimento superior a R$ 16 bilhões, a Ferrogrão só deverá apresentar receita após o período de construção, entre sete e oito anos.

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