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Os riscos do eventual desembarque do PSDB

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Executiva Nacional do PSDB se reúne nesta segunda-feira (12), em Brasília, para debater a conjuntura política nacional. Entre os temas em discussão deve constar o possível desembarque da base aliada do presidente Michel Temer (PMDB).

Pesquisa realizada pela Folha de S. Paulo mostra que dos 59 parlamentares ouvidos (deputados federais e senadores), 19 declararam apoio ao rompimento com Temer. Outros 19 querem permanecer no governo, enquanto 11 se declararam indecisos ou não quiseram responder.

Hoje, entre os deputados federais do PSDB, o sentimento é de que o partido deveria sair do governo. Já parte importante dos senadores entende que a sigla deveria continuar atrelada ao Palácio do Planalto.

Mesmo que o PSDB decida deixar a base, é pouco provável que migre para a oposição, já que a agenda do governo Temer, sobretudo as reformas Previdenciária, Trabalhista e a condução da economia seguem a linha defendida pelos tucanos. Assim, a tendência, em caso de saída da base, é que o PSDB entregue os cargos, mas continue votando com o governo os temas prioritários da agenda econômica.

Sem PSDB: maioria no Senado, refém na Câmara

Na Câmara dos Deputados, em que pese o escândalo envolvendo a empresa JBS, o governo Michel Temer ainda preserva uma folgada maioria. Apesar de ter perdido o apoio de PPS, PSB, PODEMOS e PHS, que, juntos, somam 64 deputados, a base aliada conta com 347 deputados. Mesmo com a eventual saída do PSDB, o governo teria maioria (300 deputados). Porém, sem os tucanos na base, o Planalto ficaria refém de partidos como PP, PR, PSD, PRB e PTB, ex-integrantes do extinto “Centrão”, que somam 163 parlamentares.

Cenário similar ocorre no Senado Federal. Após a crise desencadeada pelo escândalo da JBS, mesmo tendo perdido o apoio de nove senadores (soma das bancadas de PPS, PSB e PODEMOS, que saíram da base), o governo conta com 58 senadores. Ou seja, mais de 71% da Casa.

Ainda que o PSDB saia da base, o governo terá maioria no Senado, pois controlará cerca de 58% das cadeiras. Porém, assim como ocorre na Câmara, sem os tucanos como aliados, o governo dependeria de PP, PSD e PR, partidos que somam 16 cadeiras na Casa, para garantir sua maioria.

Considerando que nominalmente Michel Temer tenha espaço suficiente para garantir maioria no Congresso Nacional sem o PSDB na base, o custo da governabilidade ficará maior sem a presença dos tucanos. Além de ser o maior partido da base de sustentação de Temer depois do PMDB, sua retirada poderá incentivar legendas como PP, PSD e PR a tomar esse caminho. Outro problema é que PP, PSD e PR não possuem o mesmo compromisso programático com as reformas e a condução da economia que os tucanos.

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