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Apesar da lista, agenda política avança

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Nesta terça-feira (18), a lista do ministro do Supremo Tribunal federal (STF), Edson Fachin, completou uma semana. Tempo suficiente para um teste de resistência sobre seu impacto, que deverá ser o seguinte: vencida a fase midiática da exposição da lista de nomes e depois da exploração dos vídeos das delações, virá o acompanhamento das investigações.

E a transformação dos inquéritos em processos, em busca de provas, vai demorar. Ainda que outras delações possam ser feitas e impliquem novos e elevados escalões do governo, dissolve o clamor na opinião pública.

Basta fazer um balanço: há dois anos, a PGR apresentou ao Supremo 47 pedidos de inquérito contra políticos, mas até o momento apenas seis viraram réus. Na semana passada, o ministro Fachin apenas autorizou a investigação da lista dos 98 nomes. A tramitação no MPF e o trabalho da Polícia Federal ainda vai levar um bom tempo. Talvez até ultrapassando o mandato do Temer.

O principal aspecto da depuração da lista no campo político será a tramitação das reformas econômicas no Congresso, onde a agenda legislativa parece preservada, conforme leitura do Política Brasileira.  No mercado, também prevalece tal expectativa. Michel Temer já demonstrou que tem habilidade para bem conduzir uma agenda positiva por meio do diálogo com a sua base de sustentação política.

Julgamento em outras instâncias

A grande quantidade de informações divulgada até agora oferece muitas pautas, mas a mídia não investiga; limita-se a reproduzir as denúncias contidas nas delações. Quando investigar, o potencial de escândalo e instabilidade corre o risco de aumentar.

Além disso, se a justiça de primeira instância e os tribunais federais regionais entrarem para valer nas investigações de outras autoridades (ex-governadores, por exemplo) sem foro privilegiado, surgirão outros Sérgios Moros, como já surgiu no Rio, elevando a tensão disseminada pela lista de Fachin.

Nesse sentido, é importante também acompanhar o posicionamento da presidente do STF, Carmen Lúcia. A ministra já deu a entender que em breve incluirá na pauta da corte a questão do foro privilegiado.

O Globo publicou uma lista do que pode afetar o andamento da Lava Jato.

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