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Marcha pela Ciência

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Atualmente vivemos um processo de transição, da sociedade industrial para a sociedade da informação e do conhecimento. Nesse contexto, para que as organizações possam garantir a sua sobrevivência e continuidade, de forma sustentável, num ambiente cada vez mais instável e competitivo, a geração do saber através da ciência adquire importância decisiva.

Os conhecimento de Ciência e Tecnologia (C&T) geraram aplicações que foram de grande benefício para a humanidade. No entanto, por terem sido desigualmente distribuídos, esses benefícios não contribuíram para a desigualdade entre os países industrializados e os países em desenvolvimento ou para diminuir as desigualdades sociais. Além do mais, em alguns casos, a aplicação dos avanços da C&T foram causa de degradação ambiental e fonte de desequilíbrios e exclusão social. O uso correto da C&T pode reverter essas tendências. Para tanto, é necessário um esforço conjunto entre aqueles que detêm as maiores capacidades em C&T e aqueles que enfrentam pobreza e exclusão social. Em suma, “um novo compromisso (contrato) social para com a ciência” deve se basear: na erradicação da pobreza, na harmonia com a natureza e no desenvolvimento sustentável.

No dia 22 de abril de 2017, cientistas e entusiastas de todo o mundo se unirão para marchar por mais visibilidade e credibilidade para a Ciência. Esse ato está previsto para acontecer em mais de 300 cidades de todo mundo. Será a primeira ação de um movimento global, visando defender o papel vital que a ciência desempenha para a saúde, para a economia, para a segurança e outras dimensões e que contribuem para a qualidade de vida de todos os terráqueos. Essa marcha será uma celebração para a Ciência. Em adição a marcha visará estimular muitas pessoas, que valorizam a Ciência, e que têm se mantido silenciosas apesar dos alertas dos cientistas do risco a própria continuidade da vida humana e o futuro do planeta.

SBPC comanda marcha no Brasil

No Brasil, comandada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) será também realizada a marcha. Ela pretende chamar a atenção de estudantes, professores, cientistas e pesquisadores, governantes e tomadores de decisão, e de toda a sociedade, sobre a necessidade de apoiar e preservar as instituições e a comunidade científica. Além disso a marcha será um instrumento importante para impedir o retrocesso da C&T em nosso país, que foi iniciado com a fusão recente do Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) com o Ministério das Comunicações (MC). O contingenciamento recente de até 44% do orçamento destinado à Ciência e Tecnologia pode levar ao colapso toda a estrutura de desenvolvimento de pesquisa e inovação do país.

Na carta convocatória para a marcha, a presidente da SBPC, Helena Nader alerta que as atividades científicas sofrem várias ameaças, como mudanças em políticas públicas, redução e desvio de verbas e financiamentos públicos, que não levam em consideração as evidências científicas. O presidente da Academia de Ciências, Luiz Davidovich alerta “A crise não é só financeira, mas de desperdício de recursos. Grupos competentes vêm sendo financiados há anos ou até décadas e agora estão sob ameaça de desmonte.”

Conhecimento sem cortes

Os organizadores da Marcha pela Ciência no Brasil vão utilizar como palavra de ordem “Conhecimento sem cortes” para alertar a sociedade brasileira do desmonte em andamento do sistema de C&T no país. Várias marchas estão confirmadas. Em São Paulo, à partir das 14 horas no Largo da Batata. No Rio de Janeiro a concentração será realizada no Museu Nacional na Quinta da Boa Vista às 10 horas. Em Natal a concentração será feita no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A tendência é que esse movimento se espalhe e ocorra em outras cidades brasileiras em favor do futuro virtuoso do Brasil.

 

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