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Jobim: Brasil pode eleger aventureiro em 2018

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Em entrevista concedida ao jornal Zero Hora (ZH), o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ex-ministro e ex-deputado Nelson Jobim falou sobre alguns temas importantes envolvendo a conjuntura política brasileira.

Para Jobim, há o risco do país eleger um aventureiro em 2018. Comentou também sobre as possibilidades de uma nova candidatura do ex-presidente Lula (PT) ao Palácio do Planalto. Falou também que a eventual cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seria complicada, pois “não temos regras” para a eleição indireta. E por fim fez algumas considerações sobre o financiamento de campanhas.

Veja abaixo os principais temas abordados por Nelson Jobim na entrevista a jornalista da ZH, Rosane de Oliveira, editora de política do jornal gaúcho.

Risco de um aventureiro:

Para Jobim, existe o risco do país eleger um aventureiro na eleição presidencial de 2018. Porém, essa alternativa não seria o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Para o ex-ministro, o mais perigoso seria eleger algum líder político com discurso religioso, com um viés de salvação. Para Jobim, o discurso de Bolsonaro é muito centrado no ódio.

Antídoto ao outsider:

No entendimento de Nelson Jobim, a construção de uma pauta mínima de entendimento entre as forças políticas, que possa assegurar o mínimo de viabilidade do governo, seria o antídoto ao risco da eleição de um aventureiro. Para Jobim, o ex-presidente Lula é uma das partes desse entendimento. E se não houver um entendimento mínimo, “vai dar um outsider” em 2018.

Candidatura Lula 2018:

Jobim diz que o ex-presidente só ficará impedido de concorrer se, até lá, houver condenação em segundo grau. Nos processos que conheço, é difícil ter condenação efetiva, porque tudo são ilações.

Eleição indireta para Presidente da República:

Jobim acha que seria complicada uma disputa indireta. Para ele, “não temos regras. Teríamos de, primeiro, votar a lei para regulamentar essa eleição. Para concorrer a esse mandato-tampão, um governador teria de se desincompatibilizar? Quem poderia ser candidato? Todos? O próprio presidente afastado poderia ser candidato? O ministro Gilmar Mendes diz que sim, mas, se tu não tens regra para isso, não tens como saber”. Comentou que a decisão do TSE sobre a cassação da chapa Dilma- Temer não ocorrerá este ano, com trânsito em julgado. Essas hipóteses, para o ex-ministro, gerariam enorme confusão, que terá como consequência alimentar o outsider em 2018. Logo, no seu entendimento, tem de haver entendimento para que isso não aconteça e você tenha um mínimo de pacificação.

Financiamento de campanha:

Jobim afirma que a decisão sobre Valdir Raupp, que virou réu por receber doação legal suspeita, significa que doação declarada, pelo caixa 1, não significa que não haja corrupção. E ter doado para o caixa 2 não significa que seja ilícito por corrupção. Pode ser, por exemplo, uma lesão ao direito eleitoral.

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