Em entrevista exclusiva ao blog, o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA) condenou a anistia ao caixa dois de campanha, articulada por políticos temerosos com a Operação Lava Jato. “É a expressão do velho Brasil, da corrupção, dos coronéis, da impunidade, do enriquecimento ilícito”, disse. Confira a entrevista abaixo:
Como o senhor avalia a anistia ao caixa dois de campanha?
É a expressão do velho Brasil, da corrupção, dos coronéis, da impunidade, do enriquecimento ilícito, modelo questionado após 500 anos de descobrimento do Brasil. Finalmente, o Brasil vive um novo momento, uma nova mentalidade, ainda imperfeita, com necessidade de ajuste, mas que está resistindo à velha prática política. Isso está em jogo.
Com o adiamento, Rodrigo Maia fica fragilizado na disputa à reeleição para presidente da Câmara?
Rodrigo Maia está cumprindo papel importante. O problema é que o regimento impede a reeleição. Mas não vejo uma relação tão direta entre a questão das medidas de combate à corrupção e a eleição para presidente da Câmara.
Rodrigo Maia não poderia beneficiar os partidos?
Então, creio que não haja relação tão direta, a não ser a possibilidade de o presidente da Câmara estar tentando agradar os partidos para obter apoio e remover o impedimento (jurídico) da reeleição. Uma tentativa de forçar a barra é reeditar a reeleição na Câmara, o que não me parece uma boa experiência.
Até o PT ficou mudo…
De forma impressionante, o PT está calado. O PT, um partido dinâmico, vivo, contundente e eloquente nas críticas, passou a quinta-feira como se tivesse em um velório. O PT e alguns partidos aliados.