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Eleições 2018: Governo e Senado em SP

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Além de sair fortalecido para a eleição presidencial de 2018, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) será decisivo na escolha do candidato à sucessão no Palácio dos Bandeirantes. Sem poder disputar à reeleição, Alckmin conta com três nomes no PSDB: o prefeito eleito de São Paulo, João Doria Júnior (PSDB), o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e o chanceler José Serra (PSDB).

Para ser candidato a governador, Doria teria que renunciar a prefeitura da capital paulista. Embora essa possibilidade ainda não seja cogitada, deve ser considerada. O prefeito eleito de São Paulo tem uma imagem de homem público dissociado da política tradicional, assim como o presidente da FIESP, Paulo Skaf (PMDB), que ganha destaque na disputa para governador. A eventual candidatura de Doria poderia contribuir para unir o PSDB, já que o atual deputado federal e futuro vice-prefeito Bruno Covas (PSDB) assumiria a capital paulista por dois anos, podendo ainda disputar à reeleição em 2020.

Aloysio Nunes também é uma possibilidade. Porém, o mais provável hoje é Aloysio disputar um novo mandato ao Senado. José Serra pode também concorrer ao governo do estado sem riscos, pois seu mandato no Senado acaba somente em 2022. No entanto, Serra só disputaria novamente o Palácio dos Bandeirantes caso não conseguisse emplacar a candidatura a presidente da República.

PMDB e PSD na disputa

Geraldo Alckmin pode ainda, como alternativa, bancar a candidatura do atual vice-governador Márcio França (PSB). Isso poderá ocorrer dentro de uma negociação nacional em torno do apoio dos socialistas a candidatura de Alckmin à presidência da República. Em um cenário extremo, França concorreria a governador tendo Alckmin para presidente, pelo PSB. Apenas se ele não conseguir ser candidato ao Planalto no PSDB.

O PMDB conta com um candidato competitivo a governador: Paulo Skaf. Além de ter o recall da eleição de 2014, quando ficou em segundo lugar, Skaf tem um perfil similar ao de Doria. Ou seja, uma liderança do meio empresarial, visto como de fora do sistema político tradicional.

Mesmo desgastada com a derrota sofrida na eleição pela prefeitura de São Paulo, a senadora Marta Suplicy (PMDB) é uma potencial candidata à reeleição. Outra alternativa, embora menos provável, seria Marta disputar o Palácio dos Bandeirantes.

Pensando em 2018, o PSD conta com dois candidatos possíveis: o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, que pode concorrer a governador ou senador. E também o ex-governador Guilherme Afif Domingos, cotado como alternativa ao Senado.

Aliados em 2014 e 2016 na disputa pela prefeitura de São Paulo, PMDB e PSD podem repetir a aliança como alternativa ao PSDB no Estado.

Opções da esquerda

O PTB também pode ter um papel importante na composição para 2018 em São Paulo. Os petebistas tem dois nomes na disputa. O deputado estadual Campos Machado, que comanda o partido no Estado, e sua esposa, Marlene Campos Machado, presidente nacional do PTB Mulher.

O PT, diante da derrota sofrida nas eleições municipais, perdeu a condição de principal opositor ao PSDB em São Paulo. Repetindo o ocorrido em 2014, quando Alexandre Padilha (PT) ficou em terceiro lugar na disputa para governador. Geraldo Alckmin (PSDB) foi eleito e Paulo Skaf (PMDB) foi o segundo colocado.

Tendo as principais lideranças desgastadas, resta ao PT apostar em nomes novos. Fernando Haddad (São Paulo) e Luiz Marinho (São Bernardo do Campo) são opções, mas estão enfraquecidos pelas eleições. Outra alternativa seria Edinho Silva, que elegeu-se prefeito de Araraquara. Porém, seria um risco político renunciar ao cargo após dois anos de gestão. Eduardo Suplicy (PT), que foi o vereador mais votado de São Paulo, surge como uma alternativa ao Senado.

Diante das dificuldades do PT, o PDT poderá optar por uma candidatura própria a governador ou não lançar ao Senado. Hoje, o nome mais forte do partido seria Gabriel Chalita (PDT), candidato a vice-prefeito na chapa de Haddad. Chalita pode surgir como opção para garantir, um palanque para Ciro Gomes (PDT), que deve disputar o Palácio do Planalto.

As eleições municipais de outubro fortaleceram a aliança PSDB/PSB, que desponta naturalmente como polo de poder na sucessão estadual. Com o enfraquecimento do PT, a possível aliança PMDB/PSD surge como principal alternativa de poder aos tucanos em São Paulo.

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