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Vencedores já vive ambiente interno de divergência

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Três importantes temas já provocam divergências no PSDB: a escolha da nova cúpula partidária, a escolha dos novos líderes tucanos no Congresso Nacional e a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados.

Como o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), não pode disputar um novo mandato no comando da legenda, dirigentes tucanos entendem que o momento é ideal para renovar a presidência da legenda, sobretudo diante da emergência de novos líderes.

Mesmo sem poder continuar no comando nacional do PSDB, Aécio Neves quer que um tucano ligado a ele ocupe seu lugar. Por isso tem preferência pelo nome do também senador Cássio Cunha Lima (PB).

Porém, após a inédita vitória do empresário João Doria Júnior (PSDB) em primeiro turno na eleição para prefeito de São Paulo, o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), começou a se movimentar fora do estado para nacionalizar seu nome.

Alckmin deseja emplacar um aliado seu na presidência nacional do PSDB ou então alguém que seja favorável à realização de prévias para escolher o candidato tucano à Presidência da República em 2018.

O governador paulista também conta com a simpatia do chanceler José Serra (PSDB-SP) dentro do movimento que visa reduzir a influência de Aécio Neves no Congresso. Hoje, além de presidir o PSDB nacionalmente, Aécio conta com aliados na liderança da Câmara (deputado Antônio Imbassahy-BA) e do Senado (Cássio Cunha Lima-PB).

Entre os alckmistas, que apoiam o governador Geraldo Alckmin, e os serristas, ligados a José Serra, a avaliação é que deveria haver uma “divisão mais equânime” entre os grupos na Executiva Nacional e também nos postos que o partido terá no Congresso.

O primeiro embate ocorrerá em dezembro deste ano, quando se definirá o novo líder do PSDB na Câmara. A disputa seguinte será a escolha do candidato tucano à presidência da Casa, marcada para fevereiro de 2017.

Entre os tucanos cotados para a presidência da Câmara estão os deputados federais Antonio Imbassahy (BA) e Carlos Sampaio (SP), ambos do grupo de Aécio, além de Jutahy Junior (BA), ligado a Serra.

Jutahy não descarta disputar a liderança do partido na Câmara, desde que haja um acordo pelo seu nome entre os diferentes grupos do partido. Próximo de Aécio, o deputado tucano Marcus Pestana (MG) também disputa a indicação.

O foco do grupo de Geraldo Alckmin é emplacar um aliado na presidência da Câmara dos Deputados.

Caso Aécio não demonstre a Alckmin disposição para abrir espaço ao governador de São Paulo no comando da sigla, a ala ligada a Alckmin, não só no PSDB, mas em partidos como o PSB, poderá dar suporte a uma candidatura alternativa à dos tucanos para a presidência da Câmara, rachando a sigla. Entre os deputados do PSB, o nome de Heráclito Fortes (PI) é lembrado como um potencial candidato à presidência da Câmara que poderia ser apoiado por Alckmin.

Por trás desse ambiente interno de divergências está a sucessão presidencial de 2018. Após o grande desempenho do PSDB nas eleições municipais de outubro, os nomes de Aécio, Alckmin e Serra ganharam mais relevância na bolsa de apostas.

Hoje, a disputa tucana gira mais em torno de Aécio e Alckmin. Porém, Serra é uma alternativa que não pode ser considerada fora do jogo.

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