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As eleições 2016 foram marcadas por novidades nas regras de financiamentos, candidatos novatos e a repercussão da crise política que o Brasil atravessa. Todos esses fatores combinados resultaram no seguinte panorama geral:
- Foram as eleições mais violentas desde a redemocratização: 459 cidades requisitaram reforço na segurança.
- Foi a campanha mais barata devido às novas regras de financiamento. Custaram R$ 2,1 bilhões, R$ 4,2 bilhões a menos do que em 2012.
- Ocorrência de elevado percentual de “não voto”, abstenção, nulos e brancos. No Rio de Janeiro somaram 42,54% e 38,48% em São Paulo, o mais elevado índice anti-político desde a redemocratização.
- Geraldo Alckmin foi o grande vitorioso: defendeu a candidatura de João Doria contra os demais caciques do PSDB. Nos dez municípios mais importantes venceu em dois e disputa o Segundo turno em três.
- PSDB de Aécio Neves foi o segundo maior vitorioso. Os tucanos conquistaram 79 prefeituras a mais do que em 2012 e São Paulo.
- PMDB de Michel Temer foi o terceiro maior vitorioso: governa o maior número de municípios: 1.028.
- Doria surpreende com eleição no primeiro turno, fato inédito na cidade de São Paulo, fez uma campanha para gerente, surfando na onda do anti-político.
- REDE não emplaca. Depois de chegar em terceiro lugar para presidente em 2014, com 21% dos votos, Marina desapareceu de cena e arrastou seu partido.
- Lula foi o grande derrotado. PT foi rebaixado na campanha mais nacionalizada de todos os tempos e seu filho não se reelegeu vereador em São Bernardo.
- Baixa presença de mulheres prefeitas. Nas 92 cidades com mais de 200 mil habitantes, apenas duas se elegeram em primeiro turno e seis foram para o segundo turno. Menos de 10%.