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Os imprevisíveis rumos da presidência da Câmara

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Amanhã acontece a votação que decidirá quem é o novo presidente da Câmara dos Deputados. A disputa acontece em total ritmo de imprevisibilidade, e muitas dúvidas ainda pairam no ar. Veja uma breve análise do posicionamento de cada partido, e também do governo:

Com quem está o PMDB?

Com mais de um candidato na disputa (oficialmente o ex-ministro Marcelo Castro, tendo ainda Fabio Ramalho avulso), e tendo manifestado apoio aos seus, o posicionamento do partido conferiu mais imprevisibilidade. Embora o PMDB tenha cerca de 70 deputados, pouco se comparado com o Centrão, indica que os votos vão se diluir e, com cerca de 60 ou 70 votos, um candidato pode chegar ao segundo turno.

Waldemar da Costa Neto (PR) tentou manobra pra garantir apoio a Fernando Giacobo – antes da decisão do PMDB, o que parecia ter dado certo e colocado o candidato como terceira via entre Rogério Rosso (PSD) e Rodrigo Maia (DEM). Contudo, com a decisão do PMDB, a margem para a manobra se estreitou.

PT sem companheiros

O PT, depois da desastrada missão de apoiar Rodrigo Maia, está esvaziado e pode votar em Luiza Erundina (PSOL) ou em Marcelo Castro. Os votos devem se dividir.

Alguém se lembra do PSDB?

O PSDB está sem candidato e sem estratégia. Vai apoiar Rodrigo Maia por inércia. Aécio disse pela manhã que quer tirar o “baixo clero” da presidência da Câmara. Querer nem sempre é poder: a ex-oposição não tem votos e nem um nome pra disputar. Não podem embarcar na canoa do ungido pelo Temer porque vão ter que abandoná-lo em 2018.

Por que Michel Temer não se posiciona?

O presidente interino está em situação complicada. O Planalto perde com a decisão do PMDB de apoiar seus candidatos, porque a candidatura de Marcelo Castro, ex-ministro de Dilma, vai abrir fissura com o Centrão – e Temer precisará da coalizão para aprovar medidas impopulares no Congresso. Temer contava com uma vitória tranquila de Rogério Rosso, mas não há certezas quanto à votação de amanhã – e imprevisibilidade é tudo que o governo não precisa. Se Marcelo Castro ganhar, além da sede do PMDB por cargos, diminui a margem de negociação política pela hegemonia do PMDB (Planalto, Senado e Câmara).

Até agora, existem 14 candidatos oficiais. São eles:
– Esperidião Amin (PP-SC)
– Evair Vieira de Melo (PV-ES)
– Miro Teixeira (Rede-RJ)
– Carlos Gaguim (PTN-TO)
– Carlos Manato (SD-ES)
– Marcelo Castro (PMDB-PI)
– Fernando Giacobo (PR-PR)
– Cristiane Brasil (PTB-RJ)
– Luiza Erundina (PSOL-SP)
– Rogério Rosso (PSD-DF)
– Rodrigo Maia (DEM-RJ)
– Gilberto Nascimento (PSC-SP)
– Orlando Silva (PCdoB-SP)

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