Início » Sucessão de Cunha na agenda
Uncategorized

Sucessão de Cunha na agenda

A+A-
Reset


Depois que o Conselho de Ética aprovou relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) favorável à cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a sensação na Câmara é que o presidente afastado da Casa dificilmente conseguirá reverter a derrota no plenário.

A avaliação é que Cunha poderia ter uma pequena chance se renunciasse à presidência, mas ele rejeita essa alternativa.

Por isso mesmo as articulações para a sua sucessão já estão em curso, ainda que de forma discreta, para não entrar em confronto direto com Cunha antes do encerramento do processo.

De acordo com a avaliação da Arko Advice, o plenário deve votar a cassação em meados de julho. E, de acordo com o regimento interno, uma nova eleição será convocada em até cinco sessões.

Portanto, antes de agosto a Câmara poderá eleger um novo presidente, que ficará no cargo por seis meses. Em fevereiro de 2017 haverá nova eleição e quem for eleito agora não poderá concorrer à reeleição.

Nomes cotados para substituir Cunha:

Há cinco nomes mais cotados: o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB); Rogério Rosso (PSD-DF) também está no páreo, mas gostaria de comandar a Casa no biênio 2017-2018; o 2º vice-presidente, Giacobo (PR-PR) e o 1º secretário, Beto Mansur (PRB-SP), que já vêm conduzindo as votações desde que Cunha foi afastado, também têm chance. O PMDB, a maior bancada na Câmara, pleiteia o posto. Uma de suas opções é o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Osmar Serraglio (PR), que seria o quinto nome.

Nessa disputa, a busca pela unidade da base em torno de um nome é o principal desafio para o presidente em exercício Michel Temer. Há uma articulação para que o chamado Centrão (grupo de 13 de partidos liderados por PP, PSD, PR e PTB), que impôs a nomeação de André Moura (PSC-SE) para a liderança do governo, não se envolva na sucessão de Cunha. Com esse objetivo, PSDB, PPS, PSB e até a oposição poderiam se unir.

Mesmo considerando que o futuro presidente da Câmara ficará no cargo por apenas seis meses, há uma pauta difícil e ousada pela frente. É possível que a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que impõe um teto para os gastos públicos seja conduzida pelo novo presidente da Casa.

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais