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Dez acertos de Temer em três semanas

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Às vésperas de completar três semanas no cargo, o presidente interino Michel Temer contabiliza pelo menos dez acertos (veja lista abaixo). Apesar dos problemas enfrentados pelo governo, como os protestos contra a extinção do Ministério da Cultura e a demissão do ministro do Planejamento Romero Jucá, Temer enfrentou a crise. No primeiro caso, agiu de forma flexível, voltando atrás; no segundo, recorreu à sua habilidade de articulador para conseguir o pedido de afastamento voluntário do senador. A seguir lista e balanço dos dez eventos políticos nos quais o presidente interino usou o instinto político e saiu-se bem:

  1. Henrique Meirelles – reconhecido como competente operador no campo econômico, sua escolha esfriou a crise e gerou expectativas positivas, elemento fundamental para reconquistar a estabilidade. Meirelles anunciou uma estratégia de longo prazo para perseguir o ajuste fiscal baseada no estabelecimento de teto anula para os gastos públicos
  2. Redução de ministérios – a diminuição do número de ministério de 32 para 23 transmitiu uma mensagem de contenção dos gastos públicos e a disposição para enfrentar a escassez de recursos. Além disso, a medida serviu para dissolver a pressão sobre o Planalto para a partilha de cargos entre os paridos. E amenizou a imagem de uma máquina gastadora, carregando excesso de burocracia
  3. Corte de cargos de confiança – a pronta execução da meta de corte de quatro mil cargos comissionados foi uma forte demonstração de que o governo cumprirá suas promessas. No Palácio do Planalto havia cerca de dez mil servidores, dos quais mil locados apenas na Secretaria Geral. A Casa Civil encarregou-se de pôr em prática o programa de enxugamento dos exageros
  4. Recriação do Ministério da Cultura – a extinção da pasta havia criado um foco de tensão desnecessário com a comunidade do setor. Apesar de racional, a medida implicou num custo político excessivo para uma administração interina, que precisa assegurar sua continuidade. O presidente mostrou que não tem compromisso com o erro e disse que sempre que ocorrer situação semelhante não terá problema em corrigi-la
  5. Maria Silvia – a escolha da conceituada economista e gestora para presidir o BNDES foi uma solução saudada com entusiasmo nos mais diferentes setores. Respondeu aos críticos da ausência de mulheres no primeiro escalão e representou a garantia de tranquilidade na condução de uma instituição alvo sistemático de críticas. Sinalizou a utilização de critérios técnicos na nomeação dos presidentes dos bancos públicos
  6. Pedro Parente – considerado um dos executivos mais preparados do país, sua nomeação para a presidência da Petrobras aponta para uma política de recuperação da empresa de acordo com critérios profissionais. Parente domina o setor energético e tem experiência reconhecida no mercado de capitais. Marca o compromisso de Temer com a devolução da estatal à liderança entre as grandes petroleiras
  7. Ida ao Congresso – o gesto do presidente interino, ao entregar pessoalmente ao presidente do Congresso o projeto com pedido de expansão da meta ao presidente do Congresso, estabelece uma grande diferença com o governo anterior. Por meio dele deu respaldo ao ministro da Fazenda e abriu as negociações com os políticos para a aprovação das medidas de ajuste econômico
  8. Meta fiscal aprovada – em tempo recorde e por meio de votação simbólica, a aprovação da expansão da meta fiscal caracterizou uma expressiva vitória no primeiro teste da base parlamentar de Temer. Foi uma exibição da força política do governo interino justamente num tema polêmico, geralmente difícil de atrair adesões unânimes
  9. Ilan Goldfajn – nome de grande expressão no mercado, reforçou o acerto da presença técnica de Henrique Meirelles. Significa que a política econômica será formulada com autonomia para reconquistar a confiança do mercado, o principal valor em questão no momento. A principal missão da dupla de operadores no comando da equipe econômica será redução da relação dívida/PIB
  10. Substituição rápida de Jucá – ao enfrentar a primeira crise do governo interino, Michel Temer atuou com rapidez e deixou claro que manterá no cargo ministro alvo de alvo de acusação. Com isso revela um comportamento oposto ao do PT, que carregava nome situações incômodas por um longo período, cuja consequência era agravar o desgaste da presidente

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