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Se puder atrapalhar, o governo não vai ajudar

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A mídia conta hoje que a presidente Dilma quer aumentar o valor da Bolsa Família e ampliar o programa Mais Médicos, num lance de marketing antes de seu afastamento temporário, a ser votado dentro de uma semana pelo Senado.

Sua equipe econômica já deu a real para a presidente: não há recursos para isso, informação óbvia para quem acompanha o noticiário sobre a crise. Assessores da presidente insistem, pois a ideia é anunciar as bondades em primeiro de maio, Dia do Trabalhador.

Essas medidas se somariam a outras, também destinadas a colaborar com a imagem de Dilma Rousseff antes de seu afastamento quase certo. Reforçariam a narrativa da boa governante, deposta por um golpe parlamentar à paraguaia.
Pelo menos uma, já foi posta em prática pelo ex-ministro da Saúde Marcelo Castro, segundo alta fonte da área. Antes de demitir-se, ele limpou a agenda antecipando-se a medidas que seriam tomadas pelo ministério: nomeou, reforçou destinação de recursos, mexeu em programas, enfim, agravou gastos de recursos públicos com a intenção de reduzir a margem de manobra do sucessor a ser nomeado possivelmente no novo governo.

Idêntico procedimento seria adotado pelo Ministério da Agricultura em relação ao Plano Safra deste ano, tradicionalmente anunciado em meados do ano. A exemplo da Saúde, esta é uma pasta com elevado orçamento tanto resultado de transferências do Tesouro quanto de linhas de crédito de bancos públicos que apoiam as atividades setoriais.

A propósito destas instituições, a partir da notícia sobre a intenção de eventual governo Temer de realizar auditoria nos bancos públicos, dirigentes dessas instituições financeiras já se puseram à disposição para o relato de irregularidades que testemunharam. A primeira informação sobre o comportamento hostil ao provável governo Temer veio do segundo escalão, que teria recebido orientação de respectivos ministros para dificultar a transferência de dados relativos à transição.

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