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Tucanos divididos

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A executiva nacional do PSDB se reunirá no início de maio para debater de que forma o partido participará do possível governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Como acontece às vésperas de importantes decisões políticas, os tucanos estão divididos.

Por que o PSDB está dividido?

O senador Aécio Neves, candidato do PSDB nas eleições presidenciais passadas, e o líder do partido no Senado, Cássio Cunha Lima, acham que a legenda deve dar seu apoio no Congresso, porém sem aceitar cargos no ministério.

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Candidato do PSDB nas eleições presidenciais passadas

É também a posição dos governadores Pedro Taques (MT), Beto Richa (PR) e Geraldo Alckmin (SP) e de boa parte da bancada na Câmara.

Já o senador José Serra pensa o contrário. Para ele, soa bizarro apoiar o impeachment e Michel Temer, mas dispensar cargos justamente num momento de grave crise, quando os tucanos poderiam dar sua contribuição para resolvê-la. O ex-presidente Fernando Henrique e o governador de Goiás, Marconi Perillo, se alinhariam a Serra, inclusive com sugestões de medidas a serem adotadas.

Caso a decisão seja a de não participar, o PSDB poderá obrigar os filiados que queiram ocupar cargos a se licenciar da legenda, além de se comprometerem a não se candidatar nas eleições de 2018. O principal atingido seria Serra, que enxerga a participação do PSDB no governo Temer como a última cartada em seu projeto de chegar à Presidência da República.

Inicialmente cotado para o Ministério da Fazenda, Serra é visto como um potencial candidato presidencial da eventual gestão Michel Temer em 2018. O senador também é uma opção para o Ministério da Infraestrutura, a ser recriado, reunindo as atividades das atuais pastas de Transportes, Portos e Aviação Civil Minas e Energia.

As restrições dos aecistas a que o PSDB integre o eventual governo do PMDB deve-se ao receio de que, se ele for avaliado positivamente, em 2018 quem colheria os frutos seria o PMDB. Na hipótese de fracasso, o débito também cairia na conta do PSDB.

É pouco provável que Serra consiga superar Aécio numa disputa interna. Se para participar do governo Temer for necessário se licenciar, essa norma tem potencial para afastar Serra mais ainda do ninho tucano.

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