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Personagens da semana: planalto respira mais aliviado

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Avaliação dos estrategistas da presidente Dilma diz que a sangria de votos pró-impeachment parou e agora há espaço para o governo governar um pouco. Fazia dois meses que o Planalto não tinha uma boa notícia para dar. É cedo para um balanço de votos na comissão que analisa o impeachment.

DILMA ROUSSEFF

Com a saída do PMDB da base, a presidente abre espaço para aliados no governo contra o impeachment

A semana começou extremamente negativa para a presidente Dilma, com a formalização da saída do PMDB da base, mas terminou de uma forma mais positiva. Abriu negociação com outros aliados para tentar barrar o impeachment na Câmara. O ex-presidente Lula está conduzindo as conversas com os parlamentares. Novas manifestações em defesa do governo foram realizadas pelo país e em eventos no Palácio reforçou o coro “não vai ter golpe”. Na próxima segunda feira ela apresenta sua defesa na Comissão do Impeachment, que será feita pelo ministro da Advocacia Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo.

LULA

Supremo decide em favor do ex-presidente, que passou a semana em Brasília arrebanhando votos contra o impeachment

O plenário do Supremo atendeu às expectativas do governo que chamou o ex-presidente para o governo com o propósito de blindá-lo contra a ação do juiz Sérgio Moro, da Lava-Jato. Outra vitória de Lula foi consequência de trabalho de articulador político do Planalto. Instalado num apartamento do hotel Royal Tulip, à Beira do lago Paranoá, em Brasília, Lula conversou com deputados da base governista para convencê-los a votar conta o impeachment. A moeda de troca predominante foram cargos na burocracia federal, inclusive no primeiro escalão – ministérios –, desde que os seis ministros do PMDB devolvam suas cadeiras à presidente.

MICHEL TEMER

Saída do PMDB do governo gera críticas de correligionários e faz Planalto avançar na captação de votos

A vitória do vice-presidente da República na aprovação do desembarque do PMDB do governo foi embaçada pelas declarações do presidente do Senado, Renan Calheiros, e pelos ministros peemedebistas que resistem em deixar a Esplanada. O senador alagoano afirmou que a decisão foi precipitada, demonstrando que persiste divisão no partido em relação ao impeachment. A ação do PMDB governista deflagrou imediata reação do Planalto, que ganhou terreno com a negociação de cargos em troca de votos. Temer desmentiu que esteja negociando cargos de um futuro governo e que planeje abafar a Lava-jato.

MIGUEL REALE JÚNIOR

Juristas defendem na Câmara dos Deputados os argumentos que embasaram o pedido de impeachment de Dilma

MIGUEL REALE JÚNIOR 1Em reunião agitada na comissão que analisa o processo de impedimento da presidente Dilma, os juristas Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, signatários da ação, apresentaram os fundamentos jurídicos dos crimes fiscais imputados ao atual governo. Eles acham que afastaram qualquer argumento de que o processo se trata de um golpe. Entre as acusações, estão as chamadas “pedaladas fiscais”, consideradas por Reale “crime grave”, previsto na Lei de Responsabilidade. Aplaudidos pelos deputados da oposição, a dupla recebeu críticas dos governistas por utilizar discurso com tom menos técnico e mais político.

NELSON BARBOSA

Para ministro da Fazenda, os pedidos de crédito suplementar não contribuíram para o déficit fiscal

nelson barbosaDefensor da presidente Dilma na Comissão do Impeachment, o ministro Nelson Barbosa afirmou que os créditos suplementares citados no pedido de afastamento não aumentaram os gastos do governo, o que o anula a base legal do processo de impeachment. Segundo o ministro da Fazenda, os atrasos nos pagamentos ocorreram também nas administrações FHC e Lula. Apesar da tentativa do governo de “vender” a edição de decretos suplementares e as “pedaladas fiscais” como “naturais”, a disputa política na opinião pública está sendo vencida por aquelas que argumentam que tais práticas representam crime de responsabilidade, o que justificaria o processo de impeachment.

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