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Governo em combustão

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Os acontecimentos das últimas três semanas aceleram e aprofundam a velocidade da crise.

Nunca o risco de este governo acabar esteve estão alto. A Arko Advice estima em 50% a possibilidade de a presidente Dilma Rousseff não terminar o seu mandato, o que é uma percentagem altíssima.

Quais são as razões para isso?

1) Pela primeira vez existe uma acusação formal (ainda não homologada) contra a presidente Dilma Rousseff relacionada a seu atual mandato. A acusação do senador Delcídio do Amaral de que a indicação do ministro Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça teria sido “encomendada”, para salvar o empresário Marcelo Odebrecht da prisão, é muito séria. Dilma Rousseff pode vir a ser acusada de tentar obstruir o funcionamento da Justiça. A possível homologação da delação de Delcídio será um grande revés para o governo.

2) Lula foi objeto de condução coercitiva, o que – midiaticamente – é trágico. Pior é a convicção, já formada pelo Ministério Público Federal, de que o ex-presidente seria o chefe de um esquema criminoso. Tudo indica que Lula será indiciado, o que enfraquece ainda mais o governo;

3) Em 30 dias ou pouco mais, a Câmara vai começar a examinar o processo de impeachment em meio ao agravamento da conjuntura econômica;

4) Existem delações bombásticas a caminho. Além da do senador Delcídio do Amaral, os depoimentos de executivos das empreiteiras OAS e Andrade Gutierrez e do ex-presidente do PP, ex-deputado Pedro Correa, podem resultar em revelações altamente comprometedoras;

5) O chamamento de Lula à resistência por parte do PT e dos movimentos sociais às investigações comandadas pelo juiz Sergio Moro, à frente da Operação Lava-Jato, pode causar o enfraquecimento da base de sustentação do governo.

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