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Peça-chave contra a pauta-bomba

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A mudança na coordenação política do governo Dilma Rousseff continua a apresentar resultados e manter nível de desempenho suficiente para aprovar as propostas legislativas do Planalto, ainda que por margens apertadas de votos.

Renan salvou o governo em várias ocasiões. Uma delas foi a votação da mudança da meta de fiscal de 2014

0a1c625c-dba9-4c70-9262-cf851b420044Renan Calheiros – Embora tenha vivido um curto período de animosidade com o Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros, sempre foi um dos mais importantes aliados do governo Dilma. Na semana que passou ele deu mais uma prova de lealdade ao Palácio do Planalto. Com experiência e habilidade, o senador conduziu a votação de vetos presidenciais que vinham assombrando o governo há cerca de quatro meses. Sem sua preciosa ajuda, a instável base governista não teria conseguido manter os vetos à pauta-bomba. Os préstimos de Renan salvaram o governo em várias ocasiões. Um episódio crucial foi a votação da mudança da meta de fiscal de 2014. Feito que terá que repetir em plenário nesta semana, porém com maior dificuldade. O déficit da meta de 2015 é muito maior e a oposição vai jogar tudo para evitar a aprovação.

A atuação decisiva de Guimarães evitou uma despesa adicional para o Tesouro de R$ 127,8 bilhões até 2019

0a1c625c-dba9-4c70-9262-cf851b420044José Guimarães – Ao capturar votos na oposição para a manutenção dos vetos presidenciais, José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara dos Deputados, fez um bom trabalho para evitar um vexame. Mas a base parlamentar continua muito infiel, apesar de seus esforços. Problemas à vista e a prazo. A atuação de Guimarães evitou uma despesa adicional para o Tesouro de R$ 127,8 bilhões até 2019. O líder do governo na Câmara terá agora importantes desafios pela frente como, por exemplo, a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a revisão da meta fiscal (PLN 5/15) e a votação da Desvinculação das Receitas da União (DRU). Além disso, há a tentativa de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimento Financeira (CPMF), missão quase impossível. Guimarães acha que o governo virou a página da pauta-bomba.

Marco Aurélio defendeu o afastamento de Cunha durante a tramitação do processo contra ele no Conselho de Ética

3Eduardo Cunha – A situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, piorou muito nas últimas duas semanas quando a oposição decidiu, formalmente, defender seu afastamento do cargo. Mas foi no último dia 19 que ela atingiu um novo patamar. Ao impedir que o Conselho de Ética se reunisse para analisar o parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), favorável à continuidade à abertura do processo, ele fez com que a oposição defendesse abertamente o “Fora Cunha”. O quadro tende a ficar ainda mais complicado. A oposição promete obstruir as votações em plenário enquanto as sessões forem presididas por Cunha. O PPS entra com um mandado de segurança na próxima terça-feira, 24, no Supremo pedindo o afastamento do presidente da Câmara.

Boa colheita política para Dilma: conseguiu manter vetos, garantiu a permanência de Levy e defendeu a volta da CPMF

0a1c625c-dba9-4c70-9262-cf851b420044Dilma Rousseff – A presidente Dilma conseguiu alinhar posições dentro do governo, ganhou fôlego e pôs a agenda para andar numa semana marcada por boas notícias. A manutenção dos vetos à pauta-bomba gerada na Câmara foi o dado mais relevante. Aumento de salário de servidores do Judiciário e extensão do reajuste do salário mínimo a aposentados e pensionistas eram os dois importantes. Dilma sentiu-se à vontade inclusive para rechaçar publicamente as pressões do ex-presidente Lula contra o ministro Joaquim Levy – ele fica, disse ela. Outro ponto positivo para o ajuste foi a firme defesa da recriação da CPMF. Além de falar a favor do imposto, Dilma vai reforçar o apelo para que governadores e prefeitos ajudem a garantir a aprovação da medida no Congresso.

Temer defendeu a presidente Dilma afirmando que ela faz o possível e o impossível para manter a unidade do país

ícone-do-calendário-25254756Michel Temer – Mesmo afastado do dia-a-dia da articulação política, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), continua sendo peça fundamental para o governo. Na semana passada, ao participar de um encontro político da Fundação Ulysses Guimarães (FUG), defendeu a presidente Dilma Rousseff ao afirmar que ela “faz o possível e o impossível para manter a unidade do país”. A defesa da presidente ocorreu quando setores do PMDB gritavam “Temer presidente” e “impeachment já”, que partiu da militância do partido favorável ao rompimento da aliança nacional com o PT. O discurso de Michel Temer segue as diretrizes da proposta “Uma ponte para o futuro”, elaborado recentemente pela FUG. O documento, além de defender o ajuste fiscal, abraça a necessidade de “pacificação” do país.

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